Feito.... com muito orgulho que anuncio que conclui e ja editei os meu livro contando a incrível história de Dona Sara e Sr, Jacó Szyfer. O lançamento formal faremos no inicio de Agosto de 2023... anunciarei e convidarei a todos no momento apropriado. Este é um pequeno trecho do prefacio generosamente presenteado amim pelo grande escritor e jornalista Thales Guaracy:
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Me entreguem seus filhos
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4 de Setembro de 1942 No meio da manhã Lebo, o chefe da fabrica passou avisando que todos teriam que sair no meio da tarde para ouvir um discurso do líder Rumkviski na praça (???) e, por isso, todos tinham que acelerar o trabalho para entregar a meta do dia mais cedo. Sara e Rushka estavam assustadas. Já faziam algumas semanas que o clima no gueto estava tenso, no dia 01 de Setembro os alemães haviam invadido o hospital do gueto e retirado todos os doentes e enviado para os trens. Muitos falavam em uma nova deportação para longe do gueto. Falavam que os alemães estavam estacionando vários vagões de carga no terminal perto do gueto e que deveriam servir para carregar os judeus para longe de Lotz. Mas ninguém sabia como seria isso... Quantas pessoas? Para onde? Vão as famílias inteiras ? Algumas pessoas diziam que podiam confiar em Rumkoviski que ele negociava com os alemães, afinal de contas o gueto já era uma enorme fabrica para os alemães e não fazia sentido acabar com...
As pedras pretas
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As Pedras Pretas Sara acordava cedo, o trabalho na oficina começava as 05:00 da manhã, mesmo no inverno e ia até as 06:00 da tarde. Tinha fome, mas isso não era novidade. Desde que se mudou para o gueto a fome é uma companheira constante. Estava muito magra, mas estava viva. Desde que seu pai morreu seus dias passaram a ser somente a busca por estar viva e trabalhar na oficina, esta ajudando muito. As oficinas de Rumkowski. Se não fosse sua amiga Rosa Walmann, a Ruska, ela não teria sobrevivido. Elas passam mais de 12 horas por dia costurando uniformes alemães, Sara tinha que costurar os punhos e colarinhos nas camisas dos soldados. O chefe se chamava Leibo e era muito bravo, ficava o dia todo ameaçando demitir quem não conseguisse acabar o trabalho do dia. A demissão era quase uma setença de morte. Quem não trabalhava tinha que tentar viver de esmolas, trocas ou roubos, mas poucos conseguiam passar pelo inverno. Ruska acordava ainda mais cedo e as 04:30 da manhã bati...
O Pogrom
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O Pogrom Os tios de Sara moravam em Koluszki e ela sempre se lembrava desta história. Sara era pequena, talvez 9 ou 10 anos e lembra que o tio era alegre e brincalhão. A tia era irmã se seu pai e ela gostava de fazer tranças nos cabelos de Sara. Não moravam muito longe, mas, naquela epoca nao era tao facil viajar de uma cidade a outra e por isso se viam so de vez enquando. Quando se encontravam conversavam bastante, falavam do trabalho, da família, dos poucos amigos e de como era na Russia quando seu pai estudava lá. A tia de Sara gostava de fazer picnics perto de Lotz e as criancas brincavam correndo e se escondendo entre as arvores Mas tinha um assunto que quando falavam baixavam a voz e ficavam olhando de rabo de olho. Quando as crianças chegavam perto mudavam de assunto, mas Sara e seu primo Shier sabiam que falavam sobre pessoas morrendo, na verdade falavam de pessoas matando judeus. Era difícil entender porque isso acontecia, sempre diziam que eram pessoas boa...
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O Silencio... A cidade esta quieta há dois dias. Quase ninguém nas ruas, nem os soldados que iam e vinham toda hora aparecem mais. Da janela da sala, no primeiro andar, Sara só ve alguns poucos cachorros e mulheres que andam perto dos muros e olhando para todo lado em busca dos perigos, na certa vão buscar comida em algum lugar. O silencio é de matar. Onde foram parar os soldados? Porque as bombas pararam? O dia já esta cinza e o outono logo vai começar, já é Setembro de 1939. As outras meninas dizem que os Alemães estão chegando e contam histórias horríveis de como eles matam as pessoas, principalemente os judeus. Para algumas crianças isso é muito dicifil de dentender, mas Sara nunca se esqueceu do seu tio e como os Poloneses ou russos, ela nunca teve certeza, o mataram na sinagoga. Será que vai ser assim novamente ? Os seus pais estão estranhos. Falam de tentar fugir para União Soviética, parece que não é tão longe, mas os vizinhos disseram que os Russos estão do ...
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Elas passam mais de 12 horas por dia costurando uniformes dos soldados alemães, Sara era reponsável por costurar os punhos e colarinhos nas camisas. O chefe chamava Leibo e era bravo, ficava o dia odo ameaçando demitir que não conseguisse acabar o trabalho do dia. A demissão era quase uma setença de morte. Quem não trabalhava tinha que tentar viver de esmolas e trocas, mas quase nunca conseguiam passar pelo inverno. Ruska acordava ainda mais cedo e as 04:300 da manhã batia na porta do apartamento de Sara, esta hora a casa toda já estava disperta eJacó logo seguia também para a oficina de sapatos onde trabalhava colocando solas nas botas.