O Gueto de Lodz

Em Outubro de 1939 começaram a construir o Gueto de Lodz, na verdade reservaram alguns quarteirões com prédios de apartamentos, fabricas e pequenas lojas ou mercearias. Os apartamentos eram pequenos e teriam que abrigar mais de uma família.
As famílias judias tinham que se mudar levando só o que podiam carregar, tinham que deixar pra traz os móveis, roupas, louças, ou seja, levavam basicamente as roupas e os objetos de algum valor como relógios e alguma prataria.
...

Comentários

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Jorge, Conte com a ajuda.

    Lá vai a primeira.

    Você decidiu contar a história na primeira pessoa, como um ghost writer, falando com a voz dela, certo?
    Os trechos que você escreveu estão mostrando um estilo bem limpo, sem emoção: relato factual. É planejado? É assim que ela fala, sem colorir as memórias com comentários que revelem as emoções? Você está reproduzindo o jeito impessoal dela falar?

    Abraço, Pix

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  3. Ola Pix, adorei voce entrando no clima de critico. É exatamente isso que preciso.
    Sim decidir assumir um papel de ghost writer, mas a questão da emoção não ficando como eu quero. No momento estou muito empenhado e preocupado em colocar no texto tudo o que coletei nas entrevistas e pesquisas. Meu plano é, depois desta etapa voltar e rever ou reescrever colocando mais emoção, emoção esta que estava tão presente nas declarações da Dona Sara.
    Voce acha que pode dar certo ou eu deveria já fazer colocando as emoções ?

    Abraços

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  4. Eu acho muito mais dificil retornar à um texto já escrito. Eu sugiro começar já. Deposi sera mais dificil agregar emotividade after the fact...

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  5. Ola Ricardo. No momento estou trabalhando para entregar dois projetos, um que seria mais documental que seguirá a linha atual. Com este trabalho eu completo a história da Dona Sara da maneira mais realista possível. O segundo conteúdo será mais um romance histórico na linha do Doutor Jivago colocando personagens e fatos fictícios. Claro que este segundo também será baseado na vida da Dona Sara. Portanto vou seguir a linha atual tentando colocar o máximo possível de sentimento porém sempre lastreado pela realidade dos fatos da vida dela.
    O que voce acha >

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  6. Interessante solução... aguardo leer-lo.

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  7. Jorge,

    Eu entendo a preocupação das pessoas com seu esquema de primeiro registrar, depois emocionar... E também acho que pode ser difícil voltar, não só ao texto mas principalmente ao contexto, para ¨adicionar¨ nuances emocionais... Pode ficar um pouco artificial. Acho que talvez o ideal fosse fazer tudo junto ou então avançar aos poucos, em bloquinhos, documental + emocional, documental + emocional, e assim por diante...

    É meio estranho falar disso e querer definir um ¨esquema de produção¨, ainda mais um que contemple pitadas emocionais (soa como um paradoxo). Mas a minha dúvida maior foi: por que essa urgência toda de primeiro documentar tudo? Quero dizer, estou entendendo que você já colheu todos os depoimentos, ou seja, num certo sentido já tem tudo documentado... Seria ¨só¨ ordenar, organizar, não é? E nesse caso a ¨emoção¨ não aparece naturalmente no mesmo momento?

    Abraço,

    >>>>> PAZ <<<<<<

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  8. Fala Zopão, obrigado pelos comentários.
    Na verdade esta ficando difícil manter o nível com os comentários como os seus, do Pichateli e do Ricardo... Turminha dura essa.

    Realmente estou preocupado com colocar o máximo possível de informação no texto porque me dei conta que com o passar do tempo, apesar das anotações, a memória falha e tenho que recorrer as fitas, anotações e livros. Então estou de fato priorizando as informações.
    O meu plano no momento é concluir este trabalho no formato atual com a narrativa em primeira pessoa e tentando colocar o máximo possível de emoção nas cenas, mas mantendo a realidade da história da Dona Sara.
    Depois vou fazer outro trabalho assumindo um roteiro livre de romance histórico inserindo personagens, falas e cenas que não precisam estar relacionadas com a realidade da Dona Sara.
    Portanto o meu plano é de gerar 2 “livros”, se é que se pode chamar isso de livro.
    Obrigado pelas dicas.
    Abraços

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  9. Entendi que você faz anotações e com o tempo, você tem dificuldade de lembrar alguns detalhes através delas.
    Diga-me uma coisa, nelas você também anota a emoção que percebe na narrativa da Dna Sara? Anota a sua (Jorge) emoção... que não necessariamente é igual a dela naquele instante?
    Se há uma preocupação sua com a emoção da Dna Sara, você consegue perguntar o que ela está sentindo assim que conclui uma narração? Talvez possa ter uma terceira impressão de sentimento, ou seja, você nota tristeza ou admiração, mas ela pode estar sentindo saudades, melancolia, raiva, nada, dúvida...
    então poderá usar isto para provocar o sentimento que desejar no livro para aquela narrativa.

    um abraço

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  10. Fala Betão, obrigado por colaborar com o Blog

    Respondendo.. sim eu tentei anotar as emoções da Dona Sara durante as entrevistas, mas são sempre emoções de recordações, tristes e saudosas. Ela não consegue por exemplo me transmitir o medo que sentiu quando sua mãe foi arrancada de casa e fuzilada na rua. Ela só consegue demonstrar a saudade mas não o medo que seguramente ela sentiu neste momento.

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  11. Oi Jorginho! Cara que delicia esse processo todo né? Como escritora sei BEM o que vc esta passando e acho que ao inves de voce se angustiar com tudo isso deve curtir cada segundo. Estou super de acordo com a sua tecnica de primeiro passar para o papel tudo o que registrou com a Dna Sara para depois pensar em como colocar as emoçoes. No roteiro do meu filme, por ser histórico tambem tive que fazer em 2 etapas. Acho que é na verdade um processo de registro e outro totalmente diferente de escrever realmente. Isso funciona para pessoas abertas a criticas (inclusive auto criticas) e que se permitem mudar, melhorar primeiras ideias. E acho que é o seu caso. Colocar no papel ja é um primeiro passo importantissimo. To contigo! Mas gostei da ideia do seu colega de ja ir anotando as emoçoes que vc conseguir captar. Eu estudo muito as reações emocionais das pessoas no momento de lembranças e micro expressões. Uma coisa bem legal que estudei é que as pessoas quando contam uma verdade sempre colocam fatos correlacionados no meio da historia. Colocam fatos historicos como datas, musicas, cheiros, emoçoes relacionadas aos fatos que passaram. Mesmo que a Dna Sara nao tenha te passado isso (talvez porque lembrar a faça sofrer muito), seria interessante como escritor que você buscasse esses pontos, completasse. Isso vai dar mais emoção ao texto. Vou lendo, vamos dividindo ideias! BOA SORTE NESSA AVENTURA MEU AMIGO!

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  12. Jorge,

    e aí? Um mês sem nenhuma atualização... Cadê as novidades do livro?????

    Abraço,

    >>>>> PAZ <<<<<

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